segunda-feira, 10 de setembro de 2012


Queria poder te abraçar forte
e ter o poder de te fazer esquecer
de quase tudo
ao menos por um minuto

sexta-feira, 10 de agosto de 2012

As pessoas que acordaram antes de mim


Acordei tão triste que, ao me olhar no espelho do elevador, senti pena de mim mesma. De cara lavada, o que não é novidade, eu estava pálida, largada, solta. Na verdade fui dormir triste, então não tinha como ter acordado de outro jeito.
Ando me sentindo mal. Com várias coisas, por causa de várias pessoas.

Saí de casa cedo, por incrível que pareça não acordei com sono, mesmo tendo dormido pouco.
Encontrei uma moça no caminho, que voltava da feira com sacolas cheias. Parecia que alguém havia ela mandado sair, fazer aquelas compras pra servir-lhe um luxo, um gosto.
Muitas pessoas saíram de casa mais cedo que eu. Hoje, especialmente, nenhuma delas me parecia feliz. E hoje é sexta feira! (foda-se, aliás, qual diferença faz hoje ser sexta?)

Só me dei conta que já tinha passado metade do CD quando sentei no banco do ponto de ônibus e prestei atenção na musica que tocava. O mp3 estava tocando há quase quinze minutos, inutilmente.

Ando assim, não prestando atenção em algumas coisas e perdendo um bom tempo com outras, buscando esperança num abano feito de dentro de um carro, que estava indo pra onde, talvez, eu devesse ter ido.

Foi.

domingo, 8 de julho de 2012


Tem tantas fotos que eu queria te mostrar, tantas músicas pra gente ouvir.
Agora o vazio parece maior ainda, maior do que antes. Ele ficou mais evidente, e eu ainda não sei como preenche-lo.
O desperdício corre solto, o meu. Devagarzinho flor em flor, como disse Cazuza.

sábado, 23 de junho de 2012


Procurei uma música que combinasse com chuva, para que eu pudesse ouvir enquanto caminhava na volta pra casa.
Não encontrei, mesmo depois de olhar duas vezes a lista de músicas que eu tinha disponível.

O som que os pingos de chuva faziam ao bater no guarda-chuva até que combinava com Nando Reis.
Mas não encontrei o que eu estava procurando.

quinta-feira, 24 de maio de 2012

Trajeto de hoje


Quem viaja numa época como essa? Semana que vem é feriado, por que não deixa pra viajar no feriado? Foi o que eu pensei, enquanto caminhava na rua, e vi uma mala num ponto de ônibus. Bom, pode ser também mudança, o dono desta mala pode estar indo embora da casa onde morava. Ou pode ser separação, briga de casal. Pode ser tantas coisas, na real.
Quem pensaria em algo simplesmente por ver uma pessoa com uma mala num ponto de ônibus?
Meu pensamento, às vezes, parece não ter lógica.

Carrego na sacola plástica um sonho que comprei na padaria, sem saber ao certo que sonho trago no coração.
Não sei me definir. Parece que parei de sonhar, que não sei mais do que eu realmente gosto, o que, e quem, me faz bem de verdade.

Passo em frente à uma igreja. A porta aberta me permite ver as cadeiras arrumadas, a espera de que pessoas sentem ali, façam suas preces, agradeçam e cantem a um deus que eu não sei se existe. Sou complexa demais pra saber isso.

domingo, 20 de maio de 2012


Não me reconheço.
Essas atitudes estúpidas que em tempos passados eu condenava, esse comportamento estranho, essa tolerância absurda pra certas pessoas que antes eu julgava absurdas.
Não sei se isso é amadurecer, se é se perder na vida, se é viver. Só sei que não é ser feliz.

terça-feira, 15 de maio de 2012

A complexidade das letras


(rascunho)
Penso, no momento, no quão difícil é escrever um texto que agrade. Uma simples combinação de palavras pode ser amada e odiada. Um amontoado de letras com tanto sentido.
Escrevo pra mim, e pode servir a outro. Essa não seria a intenção, afinal? Talvez minha intenção seja mais esquizofrênica, com o perdão da palavra. O falar/escrever sozinha.