Acordei tão triste que, ao me olhar no
espelho do elevador, senti pena de mim mesma. De cara lavada, o que não é
novidade, eu estava pálida, largada, solta. Na verdade fui dormir triste, então
não tinha como ter acordado de outro jeito.
Ando me sentindo mal. Com várias coisas,
por causa de várias pessoas.
Saí de casa cedo, por incrível que pareça não
acordei com sono, mesmo tendo dormido pouco.
Encontrei uma moça no caminho, que voltava da feira com sacolas cheias. Parecia que alguém havia ela mandado sair, fazer
aquelas compras pra servir-lhe um luxo, um gosto.
Muitas pessoas saíram de casa mais cedo que
eu. Hoje, especialmente, nenhuma delas me parecia feliz. E hoje é sexta feira!
(foda-se, aliás, qual diferença faz hoje ser sexta?)
Só me dei conta que já tinha passado metade
do CD quando sentei no banco do ponto de ônibus e prestei atenção na musica que
tocava. O mp3 estava tocando há quase quinze minutos, inutilmente.
Ando assim, não prestando atenção em
algumas coisas e perdendo um bom tempo com outras, buscando esperança num abano
feito de dentro de um carro, que estava indo pra onde, talvez, eu devesse ter
ido.
Foi.
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