segunda-feira, 21 de março de 2011

Cartas anônimas, parte I

Olá. =)

Escrever: 1. Pôr ou dizer por escrito. 2. Encher de letras. 3. Compor, redigir. 4. Ortografar.
Tantos significados para algo tão simples, cotidiano. Despercebido ato de escrever, rabiscar, anotar. Ou querer dizer alguma coisa, passar uma mensagem, divertir, ensinar, lembrar (-se).

Te dediquei tantas linhas. Escrevi uma vida que ninguém leu, com muitas palavras que nem vivemos.
Agora são como palavras mortas, ali naqueles meus cadernos, agora empoeirados, na estante.

Vontades escritas, sonhos escritos, raiva escrita. Você escrito. Descrito.
Inexplicável.
Não és digno de nenhuma das minhas pobres palavras arrumadas aqui. Então não somos dignos?
Mas esse foi o único jeito que eu encontrei de traduzir a vontade, a saudade, a angústia. Esse sempre foi o único jeito, não é mesmo? E é o melhor para mim.
Foi o que me fortaleceu e me fez mudar, durante todo esse tempo. Ah, eu mudei tanto. Alguém disse por aí que “é preciso mudar muito pra ser sempre o mesmo.”

Que arrepio dessas reviravoltas da vida. A última mostrou que eu realmente me fortaleci com o decorrer do tempo, mesmo com tantas pedras, espinhos, cicatrizes. Aqui estou.



“Te chamar de carta fora do baralho, descartar, embaralhar você, e fazer você...”


Até mais,
Mariana.

terça-feira, 8 de março de 2011

parede branca

É loucura querer escrever nas paredes? Tantas folhas de papel em branco por aí, tantas canetas e lápis espalhados, guardados. Por que, entao, escolher a parede? E bem aquele ao lado da cama, que protege da claridade e guarda as lembranças, as fotos coladas. A saudade emoldurada. Os que estão longe. E que não saem do lado de dentro.
Inspiradora parede branca. Não posso nela escrever.

Ela é minha?

Pensei até nos versos que seriam dignos de ficarem ali marcados, registrados. Drummond? Quintana? Não, nenhum deles. Sem dúvida escolheria o Caio. Por toda a perfeiçao que há.

Mas, por quê nao posso?