talvez essa morte no olhar
reflita minh'alma
e mostre o que ninguém parece perceber
não sei se o desespero está demonstrado
sei que estou desmoronando
um pouco por dia, gota a gota
desse sangue que me mantem viva
e que esquenta quando você está por perto
terça-feira, 28 de maio de 2013
terça-feira, 14 de maio de 2013
Delírios somem?
Depois de um dia longo, de muito trabalho, de conquistas e reconhecimento,
entro no meu condomínio, troco algumas palavras com o porteiro, e sigo meu
caminho, pensando no meu chuveiro e no que eu ia comer na janta.
Primeiramente que o dia foi atípico. Mais de dois meses
trabalhando num projeto, e, ao vê-lo saindo do papel, é de emocionar. Ainda mais
quando tudo dá certo. Ao menos no primeiro dia, dos três que virão pela frente.
Exausta, sem conseguir pensar em mais nada direito, queria
um aconchego. Era nisso que eu pensava também, enquanto caminhava para casa. Um
abraço, algumas palavras, atenção. A nota mental foi: lutar por isso,
independentemente. Sim.
O dia passou, e eu não fiquei. Não tive tempo de pensar em outras
coisas a não ser os compromissos. Isso é bom, me faz seguir em frente, em dar
um passo de cada vez, rumo a uma superação elevada que estou buscando. Não é fácil
lidar com as pessoas. Também não deve ser fácil lidar comigo.
Abaixo a cabeça, e já no topo do meu morro minha visão embaça,
vejo algo se mexendo na minha frente. Parecia um cachorro vindo em minha direção.
Porém, não existem cachorros de fogo (sim, eu estava vendo algo transparente,
pegando fogo). Aquele corpo indefinido, nem sombra nem delírio. Alucinação,
talvez. Eu estava alimentada o suficiente para isto ser uma crise de
hipoglicemia. Senti um pouco de medo. O vulto,= (parece conveniente chamar
assim) ficou durante uns dois segundos a frente dos meus olhos. Eu não parei de
caminhar, e ele desapareceu. Nem saiu da minha frente, nem foi pros lados. Sumiu.
domingo, 5 de maio de 2013
porto alegre
Na minha cama fria
tento escrever uma poesia
tão ruim quanto este domingo
Esse dia pode ser bom
para alguém, talvez para mim.
Bebo, então, um café pra esquentar.
O pensamento está bem longe
o corpo aqui, atirado como uma roupa suja
Quero gente nova.
Um lugar novo dá esperanças
e medo também.
Mas quem explica este brilho no olhar?
O café esfriou,
o esqueci na xícara, não bebi.
Deveria eu esquecer você também.
tento escrever uma poesia
tão ruim quanto este domingo
Esse dia pode ser bom
para alguém, talvez para mim.
Bebo, então, um café pra esquentar.
O pensamento está bem longe
o corpo aqui, atirado como uma roupa suja
Quero gente nova.
Um lugar novo dá esperanças
e medo também.
Mas quem explica este brilho no olhar?
O café esfriou,
o esqueci na xícara, não bebi.
Deveria eu esquecer você também.
segunda-feira, 22 de abril de 2013
sábado, 20 de abril de 2013
Dia lindo de sol, disse minha mãe no telefone. Eu fechada
dentro do quarto, embaixo das cobertas como se fizesse frio. Como se em todos
os outros dias eu não ficasse fechada dentro de algum lugar, com paredes, como
se amanhã não fosse ser assim também.
Tenho preguiça de levantar e pegar outra xícara de café na
cozinha. Cafeína é o que tem me alimentado nos últimos tempos. Ao invés de
achar isso ruim, agradeço por ser esta substância, e não alguma outra pior.
Ouvi Apanhador só, depois de muito tempo sem nem abrir a
pasta com o CD deles, mas esquecer de dar play. Esquecido eu tinha era do que essa banda me
lembra. Ao menos, do que eu deveria ter esquecido, deixado morto no passado.
Não estou em tempo de nostalgia, credo.
Só queria sair de casa, aproveitar o dia bonito na rua, quem
sabe ver o por do sol. Com alguém.
segunda-feira, 15 de abril de 2013
brainstorm poético
Aquele bordão “um dia bom é a gente quem faz”. Nem sempre é
assim. Deveria ser, mas não é. Cada dia depende de uma coisa, de alguém.
Hoje foi um bom dia. Foi um dia doce.
Coisas que eu não sei explicar, e que eu nem sei se tem explicação.
Queria alguém para me orientar, para me dizer que é assim
mesmo, ou que estou fazendo tudo errado. Ilusão a minha achar que alguém sabe
dessas coisas.
Pessoas são acúmulos de vivências.
segunda-feira, 8 de abril de 2013
Mesma
Não querer estar ali
e não ter para onde fugir.
Um clima gostoso de outono,
ventinho batendo
e o sol sem esquentar tanto
Querer estar só
mas sentir-se só
somente só
Devia ter saído mais cedo,
feito um café, deixado um bilhete e ter saído.
Não ter insistido
Nem sentido
Mas só sei sentir
Queria parar de ser assim
De ser eu
Somente eu
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