terça-feira, 14 de maio de 2013

Delírios somem?


Depois de um dia longo, de muito trabalho, de conquistas e reconhecimento, entro no meu condomínio, troco algumas palavras com o porteiro, e sigo meu caminho, pensando no meu chuveiro e no que eu ia comer na janta.
Primeiramente que o dia foi atípico. Mais de dois meses trabalhando num projeto, e, ao vê-lo saindo do papel, é de emocionar. Ainda mais quando tudo dá certo. Ao menos no primeiro dia, dos três que virão pela frente.
Exausta, sem conseguir pensar em mais nada direito, queria um aconchego. Era nisso que eu pensava também, enquanto caminhava para casa. Um abraço, algumas palavras, atenção. A nota mental foi: lutar por isso, independentemente. Sim.
O dia passou, e eu não fiquei. Não tive tempo de pensar em outras coisas a não ser os compromissos. Isso é bom, me faz seguir em frente, em dar um passo de cada vez, rumo a uma superação elevada que estou buscando. Não é fácil lidar com as pessoas. Também não deve ser fácil lidar comigo.
Abaixo a cabeça, e já no topo do meu morro minha visão embaça, vejo algo se mexendo na minha frente. Parecia um cachorro vindo em minha direção. Porém, não existem cachorros de fogo (sim, eu estava vendo algo transparente, pegando fogo). Aquele corpo indefinido, nem sombra nem delírio. Alucinação, talvez. Eu estava alimentada o suficiente para isto ser uma crise de hipoglicemia. Senti um pouco de medo. O vulto,= (parece conveniente chamar assim) ficou durante uns dois segundos a frente dos meus olhos. Eu não parei de caminhar, e ele desapareceu. Nem saiu da minha frente, nem foi pros lados. Sumiu. 

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