sábado, 8 de fevereiro de 2014

Eu abri uma cerveja e fiquei olhando para fora, para as luzes da rua, para a noite. Olhei para o lugar onde moravas, pois eu consigo vê-lo da minha janela agora, e é inevitável não lembrar. Ainda mais num dia como hoje.
Se eu pudesse fumar, acenderia um cigarro e assopraria toda a fumaça na direção do teu prédio.
Se eu pudesse falar, diria que gosto de ti como nunca gostei de outra pessoa na vida, que es único. Por que eu sempre falei, ou quis falar, isso mesmo que tu já soubesses.
Hoje não somos mais os mesmos. Mas será que ainda tem alguma coisa? Não diria que restou algo, por que restos surgem quando algo termina. E não dá pra terminar o que nunca começou.
O amor pode se transformar em tantas coisas, não é mesmo?
Queria saber no quê nos transforamos.
Repare que sempre escrevo como se alguém estivesse me lendo. E talvez tenha mesmo. E em muitas situações o leitor especial que eu gostaria de ter é um sujeito diferente. Bem diferente. Sujeitos e sujeitas. Quando escrevo pra ti, escrevo para o vazio. Para o nada.
Um dia ainda te pergunto se me lês.

Um dia. 

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