Toda aquela sobriedade não mais servia. Queria era perder-se, mesmo com medo do inesperado, sabia que a rotina aniquila.
Sentia fraqueza e uma incômoda dor de cabeça. Não era ressaca da noite anterior. Era ressaca da vida.
Então acordou e resolveu simplesmente escrever.
Quando não tinha com quem reclamar, escrevia. Se não tinha com quem compartilhar a dor do amor, escrevia.
O papel era um amigo silencioso, e leria quem quisesse.
Estar sóbrio é desafiante na medida em que se deve manter o brio, ainda que só.
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