domingo, 13 de junho de 2010

Desassossego

Caminhava sozinha, pela segunda noite consecutiva (...) a escuridão diminuída pelo postes. Tantas pessoas ali perto, dentro de suas casas, que nada podiam fazer.
Não tinha medo. Receio talvez. Os avisos e conselhos previam o pior - que parecia estar em outro lugar.
Ouvia seus próprios passos, via sua sombra, duplicada, na calçada. Pensamentos desenfreados.
Sentia o frio penetrante. Suas costelas pareciam farpas. Doía.
Os pés queriam caminhar rapidamente, mas a alma não deixava.
Pensava no conforto do lar, nas pessoas que amava, no seu mundo limitado. Não via as pessoas como oportunidades.
Não sabia como as via.
A caneta vermelha que redigia os pensamentos incessantes.
O cobertor quentinho.
O voar na madrugada.

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