Eu preciso de uma bebida forte mas tá calor demais pra tomar um café e eu indisposto o suficiente pra não aguentar os efeitos do álcool.
Resolvi então acender um cigarro. Fui até a sacada e vi umas estrelas lindas. que nada me diziam. Soprei toda a fumaça de nicotina pra elas, afim de que ficassem encobertas. Não consegui.
Nenhum canal de TV consegue me distrair. Nem pra aniquilar um pouco dos meus neurônios ela serve.
O cheiro do cigarro me encomoda profundamente. Abro o chuveiro e deixo as gotas d`água me encharcarem. Uma pena que elas não lavem a alma.
A embalagem de xampu podia agora ser um microfone para que eu contasse o que sinto com ritmo, melodia. Poucos entederiam, algumas até achariam bonito mas quem realmente prestasse atenção me compreenderia mas não saberia como me ajudar.
Eu que vivo dando berros silenciosos. E enlouquecedores. Não me faria entendido.
Sinto que, até hoje, minha história foi escrita a lápis. Que qualquer um com uma borracha roubaria de mim a parte que bem entendesse num simples gesto de apagar. Eu que tenho tantas canetas espalhadas pela casa.
Sou um perdedor até no sentido figurado de apagar, pois não tenho uma borracha. E não sei onde conseguir uma. Também não consigo mudar as coisas, esquecer a parte ruim e destacar as felizes.
Os outros me conseguem.
Eu não consigo-me.
Vc falou que estava sem inspiração?? Acho que esse foi seu texto que eu mais gostei até hj :O
ResponderExcluirO meu favorito também!
ResponderExcluirOs outros me conseguem.
ResponderExcluirEu não consigo-me.
Mto bom mari! Um dos meus favoritos tbm
Mto bom o teu texto! Na boa, acho q foi um dos melhores q eu ja li do teu blog. Mto boa a parte da borracha. Não mto original, mas mto boa. Microfone de xampu *-*. vao fazer isso no proximo banho kkkk. vo canta "La solituuudineee" hehehe Bjus, milgs!
ResponderExcluirparabéns, excelente texto, quase me identifiquei, mas meu caso é mais grave
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