domingo, 7 de abril de 2013

Dor



Desacreditada
Desesperada
Desesperançada
Desgraçada
Demais 

quinta-feira, 28 de março de 2013

brigadeiro com bolacha

Lembrar e não sentir saudade
é inevitável,
inimaginável.
Por ser tão amável
não desisti, nem perdi
soltei.

terça-feira, 5 de março de 2013

seu Olívio



Não lembro de muitos detalhes do seu Olívio, meu avô. As lembranças foram bastante apagadas com o tempo.
Ele tinha um bigode branco, usava óculos e só saia de chapéu. Uma das pessoas mais simples que conheci. Um enorme coração, que, num belo dia parou de bater. Mas não foi em qualquer dia. Seu Olívio, meu avô, morreu no dia do aniversário da minha mãe – filha dele. Tempos tristes aqueles. Não comemorávamos o aniversário dela, somente a morte era lembrada. Chorávamos a perda, a ausência era muito sentida.
Hoje, vários anos depois, eu quase não lembrei que ele morreu no dia do aniversário da minha mãe. O tempo amenizou o sentimento da morte.  Comemoramos o aniversário, sem muitas festividades, mas a vida é lembrada, agora, antes da morte.

sábado, 23 de fevereiro de 2013

eu ou a cama

Sangue que não é meu
suja a minha cama
que quase sempre vazia
não sabe que santo chama

domingo, 17 de fevereiro de 2013

Todas as folhas voaram
os pássaros bateram asas
e eu fiquei.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2013

No meio do "quem sou eu?"
me perdi
me desconstruí.
Mal entendia que
para saber quem realmente sou,
era preciso
um choque de realidade.
Sair do meu mundo
para descobrir o mundo.

terça-feira, 22 de janeiro de 2013


Deitei na cama, no escuro da noite
a inspiração veio.
Versos prontos.
Garanti que eu não esqueceria.
Não anotei e dormi.
Cadê a poesia?