segunda-feira, 9 de abril de 2012

Iceberg

Não, eu não estava em paz quando você chegou.
Agora o que eu era parece ter ficado num passado morto.
Não me reconheço. Tenho atitudes estupidamente amorosas, falo o que eu não gostaria de ouvir, e não ganho nada com isso.
Tá vendo? Só consigo apontar defeitos.

Hoje é daqueles dias em que eu deveria (ou gostaria de?) apagar teu número da agenda.
O mesmo dia em que eu volto pro meu casulo, volto a usar aquela armadura que deixei de lado.
Pra que ninguém possa me ver.  

sexta-feira, 23 de março de 2012

Lado de dentro

 Encosto a cabeça no vidro da janela e observo a chuva que cai lá fora. Forte, reta e determinada, parece não ter pena de quem saiu desprevenido, sem guarda chuva. E não tem.
Vejo pessoas, enquanto caminham pela rua, vestido casaco, e nem é inverno. Não faz frio do lado de fora, desse lado do mundo.
No mundo aqui de dentro é sempre quentinho, enxuto e confortável. Agradável como pão de queijo e café com leite quentinhos.
Poderia ser mais acolhedor, como um abraço, mas não há ninguém aqui, além de mim.

domingo, 11 de março de 2012

Não sei

Sempre que eu caio, lembro de ti.
Estais na minha decadência, e me manténs lá?
aí eu ouço aquela música e continuo lembrando,
e idealizando, sentindo saudade
sendo o que não é, o que não sou.
O que eu sou?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Desacreditada, continuarei a caminhar, mesmo sem saber o que o próximo passo revelará. Tomara que ele traga esperança.

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

(Re)viver

Virei a página
Cansei desse tudo, que na verdade não é nada
Por que no fundo nós nunca fomos
e eu cansei de esperar pelo dia que
nós poderíamos ser

Talvez essa seja a minha sina
Saber qual é o alvo,
o que eu realmente quero,
saber que é você, só você
e não ter, não te ter

Ainda vou olhar pela sacada, na tua direção
E lembrar de ti, Inevitável.
Tantas coisas, ainda
aquelas que o tempo não apaga
por que o sentimento não deixa de existir, nem deixará

Quem precisa começar a existir sou eu
parar de viver nas sombras, nos restos
Sabe, é difícil encontrar esperança
eu que tantas vezes tentei recomeçar
Preciso agora reinventar.

Que você não seja mais a minha inspiração.

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Parada e apática, quase canso da vida, dos fatos e das análises que tenho feito.  Coloco uma música pra tocar, triste como de costume – por que é o melhor que tenho por aqui.
Não dá pra viver de restos, ainda mais quando esses restos são outra pessoa, alguma que ficou no passado, mas que vive assombrando o presente. E ninguém tem culpa, aliás, se ela existisse, seria tão mais fácil.
Difícil é lutar contra algo abstrato.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

que janeiro dure para sempre

Não te escolheria, se pudesse. Verdade, ainda mais se tivesse opções. Não vou listar os motivos - espero que eles pareçam óbvios.
Como há tempos não vejo alternativas, veio a conformação, mas ela não levou a tristeza embora.
Aquele vazio sempre esteve aqui e eu (ainda) não consegui preenche-lo.